Mel Adún desde a infância esteve envolvida em articulações que tinham a arte e a cultura como meta e caminho. Sempre habitou espaços do sensível e do supostamente inatingível. Seus pais saem do Brasil por causa da didatura militar e nasce em Washington DC. Volta ao país em 1984 e traz em sua bagagem de infância a atitude do Movimento Black Power.
Regressa aos Estados Unidos em 1998 a fim de prosseguir nos estudos, mas retorna à sua Bahia em 2001, após o 11 de setembro. Em 2010 dá à luz a sua obra prima, materializada em forma de menina, sua filha Ominirê, com o também poeta e escritor Guellwaar Adún, co-fundador e editor da Editora Ogum's Toques Negros, sediada na capital baiana. É fundadora e idealizadora do primeiro programa a tratar da questão de raça e gênero no país, o webtv Tobossis Virando a Mesa – feito por e para mulheres negras.
No campo das Letras, começa a publicar em 2004 no Suplemento Infantil do jornal A Tarde e no ano seguinte começa a publicar no Cadernos Negros. De lá pra cá já participou de mais de 15 antologias e publicou dois livros infantis e dois adultos (poema e contos).
No campo da crítica, Mel Adún cursou mestrado em no Instituto de Letras da Bahia em Literatura e Cultura, pela Universidade Federal da Bahia. A partir da Literatura Negra organiza a Coletânea Poética Ogum's Toques Negros (Ed.Ogum's, 2014) juntamente com os poetas Guellwaar Adún e Alex Ratts; edita o livro Bará na trilha do vento (Ed. Ogum's, 2015) da escritora Miriam Alves e a coletânea feminina Quilombellas Amefricanas I e II (Ed. Ogum's, 2021), na qual também publica enquanto poeta, e as organiza juntamente com a poeta Claudia Santos e a crítica literária Ana Rita Santiago.
Atualmente, além de editar na Editora Ogum's, faz parte dos coletivos Ogum's Toques Negros e Corpos Indóceis e Mentes Livres na Penitenciária Feminina de Salvador, Bahia.
Mel Adún é doutoranda na Universidade de Nova York (NYU) no Departamente de Espanhol e Português.